O novo romance de Marcelino Freire reencena sua exuberante e mágica prosa poética ao contar a história de um pai e filho em cenário e solo bem brasileiros.
Escalavra é a história de um pai e de um filho e do silêncio sepulcral entre eles. Tudo contado (ou cantado) a partir de uma oralidade antiga, um vento sonoro, nada eólico, em que uma palavra vai "escalavrando", ralando, friccionando, enganchando uma frase na outra, numa espécie de estrutura megalítica como a daqueles monumentos pré-históricos erguidos, pedra sobre pedra, para o descanso dos mortos. Livro que, enfileirado ao lado de outros livros em sua estante (ou uns por cima e outros por baixo), comporá o que de mais original há no cenário da nossa literatura latino-americana, de raiz sertaneja-brasileira.