Em 2007, no coração da favela do Jacarezinho, três irmãos enfrentam uma dura realidade após a morte da mãe e o desaparecimento do pai. Rosi, com apenas dezoito anos, carrega o peso de sustentar a casa e cuidar dos irmãos mais novos - Luiz, de dezesseis, e Miguel, de apenas onze. A vida no morro é sufocante, com a fome sempre à espreita e o perigo das ruas cada vez mais próximo de Luiz, que começa a se envolver com pessoas erradas.
No meio dessa luta diária, algo estranho começa a acontecer na casa. Uma mancha pequena e quase imperceptível surge na parede. Rosi a nota, mas não dá importância. Com o tempo, a mancha começa a crescer, devagar, mas implacável. Não é apenas uma mancha de umidade, como Rosi inicialmente acredita. Ela está sempre ali, crescendo, mudando, e parece observá-los.
À medida que os dias passam e os problemas se acumulam, a presença da mancha se torna cada vez mais inquietante. Miguel, com sua saúde frágil, começa a fazer desenhos perturbadores da mãe e de algo que Rosi não consegue entender. Luiz, cada vez mais distante, traz consigo segredos que apenas aprofundam o abismo entre os irmãos. E a mancha. . . continua a crescer.
Sem explicações ou respostas, a casa que um dia foi o único refúgio dos três irmãos começa a sufocá-los. Algo sinistro parece estar se alastrando pelas paredes, algo que nenhum deles pode evitar. Rosi se pergunta: será que a mancha sempre esteve ali, esperando para ser notada? Ou é apenas o começo de algo muito mais aterrorizante?
Em Aquilo que nos Observa (A Mancha), o desconhecido espreita, lentamente tomando conta da vida de uma família à beira do colapso. No fim, a verdadeira natureza da mancha pode ser muito mais horrível do que qualquer um deles poderia imaginar.